Foi realizada, na tarde de quarta-feira, a primeira audiência do processo civil que investiga uma possível improbidade administrativa por parte de quatro bombeiros, no caso da boate Kiss. A audiência foi realizada na 4ª Vara Cível de Santa Maria.
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No processo, estão sendo julgados o coronel da reserva Altair de Freitas Cunha e o tenente-coronel da reserva Moisés da Silva Fuchs, que foram comandantes regionais dos bombeiros em Santa Maria, e dois ex-chefes da seção de Prevenção a Incêndio do Comando Regional dos Bombeiros de Santa Maria, o coronel da reserva Daniel da Silva Adriano e o capitão Alex da Rocha Camillo.
Segundo o Ministério Público (MP), os quatro bombeiros teriam descumprido regras sobre licença de estabelecimentos no caso da tragédia da boate Kiss. Durante a audiência, testemunhas chamadas pelo Ministério Público foram ouvidas para esclarecimentos sobre o uso do software Sistema Integrado de Gestão de Prevenção de Incêndio (Sigpi) utilizado pelos bombeiros.
O QUE DIZ A DEFESA
De acordo com Werley Rodrigues Alves Filho, advogado responsável pela defesa de Cunha, Fuchs e Camillo, não houve ilegalidade por parte dos réus. Ele afirma que, ao utilizarem o software, os bombeiros apenas cumpriram ordens superiores.
– Não houve ilegalidade alguma, mas uma estrita obediência de uma ordem militar. Consideramos que esta primeira audiência foi conduzida dentro da nossa expectativa e, agora, vamos aguardar as próximas audiências – disse o advogado.
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O Diário entrou em contato com Luiz Carlos Ferreira, advogado do tenente-coronel Daniel da Silva Adriano, mas ele não atendeu às ligações.